
A paralisação nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da Petroquímica Suape (PQS), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, deverá continuar até a próxima segunda-feira (5), quando será realizada uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT); Os operários pleiteiam a equiparação salarial para profissionais que exercem a mesma função.
Leonardo Lucena_PE247 – A paralisação nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da Petroquímica Suape (PQS), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, deverá continuar até a próxima segunda-feira (5). Neste mesmo dia, está marcada uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com representantes das classes patronal e trabalhadora, na qual membros do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) tentarão declarar a ilegalidade da greve. Os trabalhadores decidiram continuar de braços cruzados em decisão tomada durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (31). Os operários pleiteiam a equiparação salarial para profissionais que exercem a mesma função.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem (Sintepav-PE), até a segunda-feira mais uma assembleia ocorrerá em uma das entradas do canteiro de obras para reforçar as reivindicações dos operários.
Por outro lado, a advogada do Sinicon, Margareth Rubem, informa que uma comissão com representantes de ambas as partes foi formada no dia 6 de setembro para chegar a um consenso sobre a equiparação dos salários e diz que o Sintepav leva em consideração apenas o teto salarial.
O Sinicon elaborou uma nota na qual considera a greve “inoportuna” e tentará junto ao TRT declarar a ilegitimidade do movimento. “A avaliação e o estudo foram feitos por empresa contratada pelo Sintepav-PE, sem a participação do Sinicon em desacordo ao que previamente foi pactuado. O resultado apresentado não foi aceito pelo Sinicon por não atender critérios que viabilizariam uma equiparação justa dos salários, como, por exemplo, tempo de serviço prestado e outros aspectos previstos pela legislação”, diz o texto.
Os trabalhadores pedem equiparação salarial, pois alegam que uns operários recebem salários mais altos do que outros com a mesma função. De acordo com eles, funcionários que vêm de fora do Estado recebem mais do que os pernambucanos e a variação salarial chega a 30%.
Os funcionários da refinaria voltam a reivindicar suas pautas após uma greve realizada em agosto e que durou quase 20 dias. O saldo desta paralisação foram sete ônibus depredados e uma “onda” de violência que tomou conta da refinaria. Os trabalhadores pediam abono dos dias parados e aumento salarial e de vale refeição. Agora, como o Sinicon solicitará a ilegalidade da paralisação, resta saber se este caso resultará em conflitos como o registrado no início deste semestre.
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